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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Rachaduras do tempo!

O ano está quase acabando, é uma sensação meio ridícula de que vai haver um corte no tempo e que então, a partir daí, tudo pode ser diferente, toma conta! Não vai. A vida segue lentamente ou loucamente depende o ritmo que você impõe.
Se não mudo, minha vida não muda. E mesmo que eu mude, dependo muito da mudança de quem e do que está ao meu redor para que essas mudanças sejam possíveis e bem sucedidas. Então, ano novo, nada mais é do que o ano de sempre, vestido pra festa.
De qualquer forma, gosto dessa brecha no tempo, gosto da ilusão de que o que foi ruim pode ser diferente! Sempre me sinto meio estranha porque gosto, mas não compartilho dessa felicidade louca que parece contagiar as pessoas! Posso passar horas observando pessoas vestidas de branco com garrafas nas mãos, andando felizes pra lá e pra cá sem um destino certo. Admiro essa capacidade de se entregar a vida dessa forma.
Fazendo de conta que acredito que o tempo é como as folhas do calendário, e que posso virar a página e... Uma nova chance, uma nova vida... afirmo que fazendo um balanço do que “sobrevivi” durante esse, o ano velho, apesar de difícil aprendi com minhas dores e o “final” é feliz! Talvez, ao encontrar o próximo, o ano novo, já mais madura tenha melhores resultados e ele seja menos doloroso.
Enfim, não importa o nome que o tempo tenha, hora, semana, ano, novo ou velho, importa o sentido que damos a ele, a importância real e a chance de sempre aprender e tentar ser melhor!
Bem vindo “ano de 2012” de ti quero a vida em toda a plenitude e do tempo sabedoria para usufruir tudo da melhor forma!

sábado, 24 de dezembro de 2011

O dom!

Amo o natal! Tenho uma lista de lembranças natalinas, todas felizes, sempre ligadas à família e a religiosidade. Não faz muito tempo que passamos a fazer ceia de natal, minha mãe, agora aposentada era enfermeira e fazia plantão na véspera de natal. Natal era pra mim dia de por um vestido novo, de tecido barato na maioria das vezes feito em casa, ir à igreja rezar fazer apresentações, ver minhas tias e primos... Muitas tias e muitos primos!
Presentes eram poucos, comida normal de todo dia, mas tinha na casa da minha avó um pinheiro, com bolas de vidro coloridas que eram minha paixão, não havia luzes na árvore, mas as bolas eram delicadas, fininhas, brilhantes, e o pinheiro natural exalava no ar um cheiro de resina. Além disso, os hinos de natal eram lindos!
Hoje o natal tem um significado ainda maior pra mim, além de comemorar o nascimento de Jesus, a família, comemoro a vida! É indescritível ter como presente a vida de alguém que amamos, comemoro o sorriso que está de volta nos olhos da minha filha, enfim, comemoro todo o amor que tenho certeza Deus me dedica.
Obrigada senhor, por ter atendido as minhas súplicas, obrigada pela família e amigos que tenho. Obrigada pelo dom da vida! Feliz aniversário Jesus!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Isso que é isso!

Ano difícil, longo, interminável... Mas, penso que mesmo assim, devo agradecer. Devo, e vou. Agradecerei, não com um simples obrigado, mas tentarei fazer um bem ao planeta, ao próximo, ao universo, um gesto pequeno tão simples como uma palavra, mas que traga um sorriso. Um sorriso faz bem, sempre!
Pensando bem no que escrevi no parágrafo anterior, palavras não são simples. Podem ser complexas, pesadas, ferinas. Ontem ouvi uma frase que me feriu, mais que um gesto com certeza. “Gosto de você como pessoa! Como profissional, não! Como profissional não gosto.” Pra mim isso se traduz em uma simples palavra eu gosto de você, mas te considero incompetente. Doeu.
Já não dói, pensei sobre a frase e decidi colocar na gaveta de desculpável, mas não perdoável. Quanto a ser incompetente? Talvez, eu penso que não! Dedico-me muito, mesmo, em tudo o que faço, tem minha alma ali. Pode ser que não tenha sido competente... Mas estou tranquila porque fiz o meu melhor!
Sou muito exigente e crítica comigo mesmo, não costumo perdoar minhas falhas. Porém esse ano foi atípico, tive problemas sérios de saúde, passei e ainda estou passando por eles, tentando não atrapalhar a vida de ninguém, sem ser o tipo “tem piedade de mim”. Também não tem sido fácil superar as consequências do acidente de uma pessoa amada. É difícil pra mim como mãe, ver minha filha agarrada em fios de amor e esperança de que tudo volte ao normal, também me agarro a esses fios. Dói ver uma pessoa feliz, amante da vida, quase hiperativo, tornar-se um prisioneiro dentro de sua própria cabeça, dependendo do tempo! Jovens tem pressa! Tudo isso tem sido uma lição, de superação, de fé, de força. Sou forte! Tenho uma linda, enorme e amada família!
Enfim, me perdoei por todas as falhas que possa ter cometido. De bom? Emagreci 10quilos, voltei ao manequim 38 e a letra P está de volta à minha gaveta. Durante os tempos mais difíceis encontrei pessoas especiais e reencontrei minha fé! Apesar de toda dor, continuo a ter o dom de ser feliz!Sempre há janelas para por os sapatos e sair por ai com o espirito leve! Isso que é isso.

domingo, 11 de dezembro de 2011

O POETA COMEÇA O DIA

Pela janela atiro meus sapatos, meu ouro,
minha alma ao meio da rua.
Como Harum-al-Raschid, eu saio incognito, feliz
de desperdício...
Me espera o ônibus o horário a morte - que importa?
Eu sei me teleportar: estou agora
Em um Mercado Estelar... e olha!
Acabo de trocar
- em meio aos ruídos da rua-
alheio aos risos da rua -
todas a jubas do Sol
por uma trança da Lua!

(Mario Quintana)

sábado, 10 de dezembro de 2011

Vizinhas!



Tenho vizinhas chatíssimas, barulhentas, fofoqueiras, inconvenientes, galinhas! Galinhas mesmo do tipo com asas e penas. Varias: vermelhas, branca, carijós, cinzentas, pretas, todas chatas!
Definitivamente, não gosto de galinhas! Quer dizer, gosto sim, assadas, fritas, ensopadas, desfiadas no fricassê. Mortas! Isso mesmo, gosto delas, mortas. Sei que não fica bem pra uma bióloga. Fazer o que? Não gosto e pronto. Não gosto da forma como me olham, tenho certeza de que se fossem maiores me comeriam viva. Tem um olhar predador, sempre procurando comida.
Mas o que mais detesto, é o canto delas, ui! Cacarejam desde o amanhecer até o final do dia, um escândalo só. E tem as chocas com aquela prole piando em volta. E muito mais é quando passam pelo cercado e fazem cocô. Tem um espaço enorme, mas, elas escolhem a calçada. Pra me irritar, tenho certeza. Uma vingança, porque no fundo acham que eu deveria servir de alimento pra elas. Elas têm a petulância de cortar as flores do canteiro, não comem, cortam e deixam lá, pra eu ver que as flores eram lindas e elas arrancaram.
Agora, lendo o que escrevi me deu uma pena, pena de dó! Acho que não as odeio tanto... É que me acordaram cedo... e de verdade, elas cantam horrivelmente! Nunca me acordem cedo, não sem um bom motivo, e jamais com música ruim! Desperta um ser horrível que mora dentro de mim!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Sintomas de Felicidade!

É isso
Ando sentindo sintomas de felicidade...
A dor intensa que sentia que amarrava minha alma, o medo de perder alguém tão amado, de ver quem amo sofrer, se foi. No lugar só uma leve preocupação, aquelas, de mãe que estão sempre ali.
As muitas pílulas que tive que tomar todos os dias, acabando e a dor de cabeça também. Sinto-me bem! Voltei a dormir e a comer normalmente. Já vou para o trabalho por vontade e não por pressão psicológica feita por mim mesmo para mim mesmo todas as manhãs.
A chegada do calor, do maior tempo de luz, as flores do meu jardim me trazem sorrisos secretos, todos os dias. E hoje acordei com as cigarras de natal! Uma gritaria só! Eu gosto. Está ligado a memória de momentos felizes de bons natais.
Por falar em natal, esse tem sido o meu pensamento uníssono ultimamente. Natal, natal, natal... Preparo uma parada de natal, junto com dois amigos. Trabalho árduo, sem remuneração! Mas, tenho me divertido, tem sido motivo para muitas risadas. Criar e ver minha imaginação virando realidade me faz feliz. Confesso que tenho um pouco de medo, de mim, de tudo o que sai de dentro da minha cabeça. Fico me perguntando se é normal!
Também decorei a casa, ficou aconchegante um lugar bom pra ficar. Ultimamente tem ficado um pouco vazia, meus filhotes saíram do ninho, estão voando por ai. Voltei a namorar, descobri que além de mãe sou mulher, e agora com tempo de sobra para romances.
Enfim, um cotidiano! Dias mornos e iguais, sem sobressaltos... As pessoas que amo por perto, ao meu alcance. Gosto disso. De por meus sapatos na janela e vê-los viajar, ter tempo pra imaginar com o coração levinho e a alma finalmente livre, flutuante!
Por quanto tempo a felicidade impera? Nem quero saber, momentos assim são raros, vou é aproveitar! Vou curtir meus sintomas, pra isso, que bom, não há pílulas!