Pages

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Quanto Custa?



Ando de certo modo virada do avesso, pelo menos uma parte de mim. Como que espiando os pensamentos, os sentimentos, os que ficam dentro de mim, que me pertencem.  Das outras pessoas observo também, de longe.  Parece que de muito longe.   Impressionante! É o que concluo sobre as atitudes, os sentimentos que movem essas atitudes nas pessoas que me cercam ou nas que andam por ai.
Tenho como um mantra pessoal, repito sempre “observar tudo em torno de uma situação antes de chegar a um conceito, opinião, conclusão”.
Confesso que uma questão tem me inquietado e nela meu pensamento se estica por longas horas sem nunca chegar a um ponto final. Uma tristeza densa sempre se junta a cada pedacinho de observação feita.
Quanto custa?
Todos tem realmente um preço?
Trocar pessoas, sejam elas amigas ou não, por cargos posição social... tem preço?
Ficar calado e se sujeitar a todo tipo de humilhação tem preço?
Ficar calado pra passar despercebido, por medo ou por acomodação tem preço?
Manter a  opinião, mesmo que ela incomode algumas pessoas que detêm o poder tem preço?
Mudar de opinião sempre que for conivente, tem preço?
Parece que as pessoas não se importam muito com altos preços a pagar por sua liberdade, honestidade, consciência, dignidade.

A paz tem preço? Quanto custa?

terça-feira, 13 de maio de 2014

Reaprender!

Faz um tempo que não passo por aqui,
Pedacinho meu todo espichado em letras.
Esse tal silêncio ortográfico que de mim se apossou não foi por falta do que contar, nem de lembranças de rir e chorar, nem mesmo por falta de indignações ou contentamentos. É o tipo de silêncio contemplativo. Um tipo que se ganha com o tempo vivido. Levando-se em conta que tempo vivido não é o mesmo tempo que se mede em relógios, calendários... É um tempo somado com a intensidade dos sentimentos, dividido com as pessoas que nos atravessam ou com as quais nos atravessamos e multiplicado pelas marcas que em nós ficam físicas ou de alma.
Durante esse tempo aprendi a ver um pouco mais através, além. Ficou mais fácil aceitar meus defeitos, meus erros. Errar sem culpa é como colocar a alma a balançar ao vento.  Também aprendi a dizer não com mais facilidade. É uma questão de amar-se! Um simples não pode te trazer em troca uma cara feia, um desagrado de outro, mas te doa tempo, paz, sossego... E como não lembrar que aprendi a tolerar um tantinho mais. Os defeitos alheios não são de minha conta, tenho tantos!
Eu não sou nem estou mais, nem menos feliz! Sou e estou mais tranquila, menos exigente de mim ou do mundo. Fui uma criança contemplativa, do tipo que fica horas deitada na grama pensando em sei lá o quê. Tantas outras horas, nos dias de frio, toda coberta inventando mundos.  Voltei a ser contemplativa, tinha esquecido de como é bom!