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terça-feira, 13 de maio de 2014

Reaprender!

Faz um tempo que não passo por aqui,
Pedacinho meu todo espichado em letras.
Esse tal silêncio ortográfico que de mim se apossou não foi por falta do que contar, nem de lembranças de rir e chorar, nem mesmo por falta de indignações ou contentamentos. É o tipo de silêncio contemplativo. Um tipo que se ganha com o tempo vivido. Levando-se em conta que tempo vivido não é o mesmo tempo que se mede em relógios, calendários... É um tempo somado com a intensidade dos sentimentos, dividido com as pessoas que nos atravessam ou com as quais nos atravessamos e multiplicado pelas marcas que em nós ficam físicas ou de alma.
Durante esse tempo aprendi a ver um pouco mais através, além. Ficou mais fácil aceitar meus defeitos, meus erros. Errar sem culpa é como colocar a alma a balançar ao vento.  Também aprendi a dizer não com mais facilidade. É uma questão de amar-se! Um simples não pode te trazer em troca uma cara feia, um desagrado de outro, mas te doa tempo, paz, sossego... E como não lembrar que aprendi a tolerar um tantinho mais. Os defeitos alheios não são de minha conta, tenho tantos!
Eu não sou nem estou mais, nem menos feliz! Sou e estou mais tranquila, menos exigente de mim ou do mundo. Fui uma criança contemplativa, do tipo que fica horas deitada na grama pensando em sei lá o quê. Tantas outras horas, nos dias de frio, toda coberta inventando mundos.  Voltei a ser contemplativa, tinha esquecido de como é bom!


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