Meu coração é um colibri, frágil em todo sentido. Mas minha vontade é um leão, férrea! Luta com unhas e dentes. Ultimamente esse leão anda cansado, não quer lutar, quer deitar nas savanas em uma sombra qualquer e dormir infinitamente.
E o colibri anda doído, ferido, descontente! Também quer sossego, bater fragilmente, quase em silêncio.
Entre o Colibri e o Leão existe uma alma velha e cansada, como uma figueira centenária, onde habitam tantos sentimentos quanto na velha árvore habita um ecossistema inteiro. Essa alma velha e assombrada tem resistido a tudo, a todos e a si. Na sua sombra gentil repousam vez ou outra o colibri e o leão e também seres amados ou nem tão amados assim.
Pena que poucos percebam essa grande frondosa e velha árvore, esse leão velho e cansado e o colibri frágil, veem somente um ser humano, tão humano e sem graça. Ferem o colibri, cansam ainda mais o leão e despedaçam a velha árvore, sem nunca perceberem o que tem de bom e de belo em ser assim, único, verdadeiro!
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