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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Pequena cidade, cidade pequena.



Aqui é tão bonito! De um verde brilhante, cercado de montanhas feitas de retalhinhos de cores. Tem um ar levinho, um barulhinho bom, ora de chuva na telha, ora de pássaro, ora de farfalhar de folhas. Às vezes faz um frio doído e outras um calor abrasador, nunca um dia é igual. É tão bom aqui! De uma verdade meio inventada que corre de boca em boca, ora divertido, ora irritante!
O tempo aqui parece diferente do tempo do mundo, não é mais rápido nem mais lento, só que transcorre de forma própria. Diferente também é o povo daqui, há que seja sábio e simples, há quem seja só sábio ou só simples, há quem seja ligado a terra ou quem queira fugir dela. Em comum tem o sotaque, as palavras inventadas, a cultura peculiar e uma ambição a de ser grande.
Como tudo que é belo tem defeitos, pois,  precisa de imperfeições para sê-lo.  Um defeito é o excesso. Excesso de chuva, excesso de vento, excesso de frio ou calor, excesso de poder. O outro é a frugalidade. É frugal em dias morninhos, em brisas, em dividir as riquezas e o poder. Economiza em gentileza. Mas o pior de todos é a mania de dividir mais que somar. Dividir as pessoas. Dividir pra se destacar, dividir pra manter o poder, dividir sem se importar.

O belo se desfaz quando não encontra equilíbrio entre qualidades e defeitos! Pra ser grande é preciso antes ser humilde! 

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