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domingo, 29 de julho de 2012

Talvez amanhã!

  Hoje está um dia escuro e úmido aqui na minha pequena ilha! Nada se move e eu aqui do meu quarto espio o mundo por uma pequena fresta na janela. Lá fora parece com o cenário dentro de mim. Parado, estático, cinzento, úmido e silencioso.
  A casa amarela está silenciosa e vazia, eu gosto do silêncio. Mas, não este silêncio, este dói! Faz-me falta os risos no quarto ao lado, o entra e sai, a movimentação na cozinha. É meio sem sentido a palavra mãe em uma casa vazia!
  Ultimamente tem sido difícil viver, sobreviver a essa tristeza que vem  e toma conta, as lágrimas que teimam em rolar sem motivo, a insônia, aos pesadelos constantes e a insistente e vergonhosa pena de mim mesmo.
  Descobri nesses últimos dias que tenho um talento para encenar, sou convincente em meus sorrisos, em disfarçar a dor física, em parecer feliz. Consigo sorrir, falar alegremente e fazer as pessoas sorrirem. Consigo passar o dia sem contar “meu dó de mim, minhas dores físicas e de alma.
  Quando o inverno for embora, espero que este inverno que vive em mim também se vá! As dores irão embora com o frio, já posso sentir o conforto de poder dobrar os dedos sem perceber! Quem sabe possa dormir uma noite inteira e sonhar ao invés de ter pesadelos? Ou sentir fome de verdade? Chorar e ficar triste por motivos reais? Eu acredito!
  Acredito no amanhã, sempre!

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