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sábado, 8 de setembro de 2012

A pinta, a tinta, a vida.

Li não sei onde que escrever é como colocar o dedo na garganta. De certa forma... Escrever também é com abrir janelas, para deixar o sol entrar e trocar os ares. Colocar pra fora o que te atravessa.


Hoje resolvi escrever sobre as cores dos dias. Os dias cinzentos de tristeza viciante, intensa, fluida que ocupa um todo, um tudo. Os dias azuis de frio glacial e tédio absoluto, onde nada parece te trazer a vida. Os dias vermelhos em que tudo é pura confusão e há, nós sobre nós, amarrando, enrolando e enchendo a vida com problemas que parecem insolúveis. Dias de preto profundo, quando a saúde se faz ausente, quando o que você ama se vai... Dias verdes, de uma paz absoluta, uma preguiça boa, tudo passa lentamente e tem aquele rumor macio do farfalhar de folhas. Dias amarelos, agitados, intensos, apaixonados, quando os pés não tocam o chão. Dias Brancos em que o nada impera. Nada de vontade, nada pra fazer, nada, nada, nada...

são vidas arco íris, uma colorida, outra sem cor nenhuma, outra a mistura absoluta de cores. Dia a dia, vida a vida, vai se formando uma tela, uma história. Pode ser comum ou empolgante, não importa. O que importa é como você usa as tintas e qual intensidade dá as cores dos dias que formam a tela da sua vida.



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