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domingo, 6 de maio de 2012

Fases como as da lua.

Inspiração...
Ela vem pra mim de maneira inesperada suavemente como uma brisa morna, pode vir em forma de fita, um botão, uma gravura, uma antiga foto, uma lembrança boa, um aroma, um sentimento... Vem sempre do que é mais simples! E, quando vai embora, sai como ventania, sem despedidas, rápida, sem chances de ser pega de volta.

As janelas e o que vejo através dela, sempre me levam a lugares desconhecidos ou a revisitar algum que já conheça. Também me faz rever pessoas e reviver momentos. Nesse momento minha janela está fechada, cerrada as imagens reais, mas posso sentir o brilho intenso da lua lá fora, e sem olhar vejo a beleza da ilha verde, nesse momento, desenhada por negras sombras banhadas pelo luar.

Tenho andado quieta, calada, o sorriso mais raro, num isolamento necessário para organizar a dor, aprendendo a não sobrecarregar tanto meu coração, para poder observar a dor alheia sem sofrer junto, evitar pensar no que poderá... no que será, não me importar tanto com o instável, não estar tão atenta a saudade do que já não volta...

Só. É assim que me sinto, mas sem o sentimento devastador da solidão e sim com a suave oportunidade de me espiar e ter prazer em ver o quanto mudei! Mudar, maturar, dói! Dói muito! E muitos não entendem, não entendem porque era cômodo à vida deles a maneira como era. Não entendem, porque na verdade não querem que mude, causa estranheza viver com o novo.

Mas há horas em que é preciso cerrar as janelas, organizar sua dor, se desvencilhar de pessoas que só estão ali por estar, de sentimentos que te ocupam e que você nem quer. Amanhã quem sabe possa abrir as janelas e ver o real, me vestir como quero escolher qual sentimento irei exibir nesse dia e me adornar com os velhos sorrisos fáceis e com a velha alegria. E buscar lá no lugar mais escondido o velho dom... O dom de ser feliz!

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