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sábado, 26 de novembro de 2011

Planos

No meio de uma conversa ouvi uma resposta em uma conversa corriqueira... “Não sei, aprendi a nunca mais fazer planos”... Ficou ali na minha cabeça ecoando. Talvez porque me pareça triste. O fato de não haver planos, principalmente na vida de uma pessoa do tipo que vive de metas, que desde criança planejou sempre tudo. É como ouvir, desisti de sonhar a vida, vindo de alguém que sobrevive de aventuras.
Senti uma tristeza tão grande, as palavras ficaram por ali, pesadas difícil carregar! Conviver com a minha tristeza é difícil, mas o tempo todo eu sei que é um sentimento meu, me pertence e como tal tenho certo poder sobre ele. Quando essa tristeza que pesa em mim é de outro, fico perdida, não sei onde guardar!
Fiquei por horas, assim, ecoando a mesma frase, revivendo a mesma sensação e, não encontrei uma saída. Essa é uma tristeza que não se cura com macacos de pelúcia, com belos sapatos, com uma comida deliciosa, nem com ideias loucas como secar o cabelo no ferro elétrico. É uma tristeza que pertence ao tempo, novamente é ele o senhor do destino, quem tem o poder sobre os sentimentos.
Aprendi, por ai, pela vida que podemos sim dar um nó no tempo e, se não controlar, podemos sim contornar certas situações. Talvez com sorrisos, com abraços, dividir o peso da tristeza, talvez... Sempre podemos tentar, e tentar outra vez, quando se vê é outro tempo. E há espaço para os planos, para os sonhos, mesmo que muitos deles nunca se tornem realidade, dão sentido ao nosso viver!
Então, amanhã quando o sol vier no quintal... Vou dizer: Por favor, faça planos, sempre! Ouvi-los fazem parte dos meus planos. Preciso muito da leveza que trás a minha vida e se a sua está pesada, eu estou aqui, divida comigo! Eu sei, por que aprendi carregando muitos pesos, que tudo, absolutamente tudo muda com o tempo. Façamos ou não planos! Os planos são mascaras para nossos sentimentos ruins, nossas dúvidas e dificuldades e facilitam a travessia pelo tempo e todos os nós que precisamos dar.
E, eu sei, temos uma à outra e que nada, nem mesmo o tempo, pode com a nossa força e com o nosso dom de transformar a vida e ser feliz! Pra comemorar que tal planejarmos um encontro regado a sorvete o sabor pode ser “frutas do bosque”.

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