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domingo, 11 de dezembro de 2011

O POETA COMEÇA O DIA

Pela janela atiro meus sapatos, meu ouro,
minha alma ao meio da rua.
Como Harum-al-Raschid, eu saio incognito, feliz
de desperdício...
Me espera o ônibus o horário a morte - que importa?
Eu sei me teleportar: estou agora
Em um Mercado Estelar... e olha!
Acabo de trocar
- em meio aos ruídos da rua-
alheio aos risos da rua -
todas a jubas do Sol
por uma trança da Lua!

(Mario Quintana)

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