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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Ditadores Reais!

Assistindo “Alice no país das maravilhas” pela oitava vez me peguei pensando nas coincidências que existem entre fábulas e o mundo real.  A rainha Vermelha no conto de Alice, é uma soberana que governava seu país amedrontando seus “súditos”, o poder exercido por ela tem a forma de um dragão chamado Jaguadarte. Uma rainha mal humorada, vaidosa ao extremo, egocêntrica e ditadora.  Por puro capricho mandava que pintassem as rosas brancas de vermelho, simplesmente porque a cor branca a lembrava da rainha adversária.
No mundo real ao longo da história a humanidade conta com a ditadura como uma forma de governo, algumas ditaduras são abertas, escancaradas mesmo. Os ditadores fazem questão de anunciar seu regime político. Outras vêm disfarçadas de democracia, alguns acreditam ou fingem que acreditam, por conveniência, favores, ambições, ignorância outros por medo, esse poder baseia-se no poder aquisitivo e na ignorância, estes são os dragões reais.  Ditadores reais também destroem o que lhe desagrada por simples capricho.
Enquanto a rainha “baixinha e cabeçuda” grita a qualquer coisa que lhe desagrade:
 - Cortem! Cortem as cabeças!_ A moda por aqui é “processem, persigam, ameacem”.  Impera um  ar de impunidade!  Os contos e as fábulas são na verdade uma forma de contar a realidade. Na história de Alice, os loucos acabam vencendo a rainha cabeçuda e seu exercito de cartas. Existe vitória para os “loucos” no mundo real?

Precisamos urgente de uma  “Espada Mavorta”!

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Pra lá

...Percebi que não tenho escrito muito. Não consigo ler nada o que escrevo, temo minhas críticas! Com certeza não no mundo quem encontre mais defeitos em mim do que eu. Sou uma crítica severa de tudo que faço, e sem dó nem piedade vou mostrando um a um os pontos fracos, os erros, enfim, nada, nunca está bom o suficiente. Com certeza deve fazer parte do meu quadro obsessivo ou da minha ansiedade quase sem limites. Confesso que a tristeza minha inspiração primeira continua ali, mas trancafiada por um tratamento qualquer. E o mergulho em mim mesma, esse ultimamente não tem acontecido, fico sempre a superfície em uma espécie de vácuo de vida.
Escrevo muitos textos, mentalmente, só mentalmente! Neles estão contidas minhas observações da vida, do ser humano, do que vejo de mundo nesse pequeno espaço que ocupo... Mas, ficam lá guardados nas gavetas da minha memória. Não acho que alguém se interesse por minha opinião sobre o ser, o ter, o mundo. Minhas opiniões sempre acabam causando polêmicas. Não me faz bem as confusões que as minhas opiniões criam. As pessoas não estão preparadas pra um “tantão assim” de pensamentos que me passam e que escrevo e teimam em ler! Depois ficam irritadas ou tristes e me olham torto. Mas, sempre teimam em ler!
Também não sentei mais na minha janela, na casa amarela, minha inspiração segunda. Por falta de tempo, por falta de calma e por que as madrugadas inspiradoras ao lado da janela ficaram complicadas. Precisei esconder a tristeza, dedicar-me ao sono e a realidade, levar a sério o tempo. As fugas da realidade podem ser tão intensas ao ponto de ser a única realidade aceitável, ao ponto de a vida parecer tão distante e indesejável que o único desejo é o de ficar mergulhado no irreal.
 Não tem sido fácil à volta. O mundo me parece um tanto injusto, a vida um tanto sem graça e as pessoas, a maioria delas, me trazem medo. Tenho medo dos sentimentos que vejo estampados nos olhos. Vejo tantos olhos mesquinhos!  Pela primeira vez tenho vontade de ir embora, esquecer o verde que me encanta, o burburinho da água, as tempestades de verão a minha ilha verde... E ir!

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Pequena cidade, cidade pequena.



Aqui é tão bonito! De um verde brilhante, cercado de montanhas feitas de retalhinhos de cores. Tem um ar levinho, um barulhinho bom, ora de chuva na telha, ora de pássaro, ora de farfalhar de folhas. Às vezes faz um frio doído e outras um calor abrasador, nunca um dia é igual. É tão bom aqui! De uma verdade meio inventada que corre de boca em boca, ora divertido, ora irritante!
O tempo aqui parece diferente do tempo do mundo, não é mais rápido nem mais lento, só que transcorre de forma própria. Diferente também é o povo daqui, há que seja sábio e simples, há quem seja só sábio ou só simples, há quem seja ligado a terra ou quem queira fugir dela. Em comum tem o sotaque, as palavras inventadas, a cultura peculiar e uma ambição a de ser grande.
Como tudo que é belo tem defeitos, pois,  precisa de imperfeições para sê-lo.  Um defeito é o excesso. Excesso de chuva, excesso de vento, excesso de frio ou calor, excesso de poder. O outro é a frugalidade. É frugal em dias morninhos, em brisas, em dividir as riquezas e o poder. Economiza em gentileza. Mas o pior de todos é a mania de dividir mais que somar. Dividir as pessoas. Dividir pra se destacar, dividir pra manter o poder, dividir sem se importar.

O belo se desfaz quando não encontra equilíbrio entre qualidades e defeitos! Pra ser grande é preciso antes ser humilde! 

domingo, 2 de junho de 2013

Ignorar pra ser feliz?

A madrugada sempre é silenciosa e me parece longa. Em muitas noites de insônia fico na janela observando ouvindo o silêncio e a rua vazia. Passa uma impressão de vácuo no tempo. Sempre nessas horas os pensamentos e sentimentos brotam como a grama no verão.  A rua é silenciosa, mas o ruído em minha mente é alto, tanto que penso que posso acordar outras pessoas.
Em uma madrugada dessas em que não temos um horário para apagar as luzes e que o silêncio tarda um pouco mais, me permito assistir TV. Qualquer coisa serve desde que silencie meus pensamentos. Mas me deparo com um clássico, já havia assistido, mas quando mudamos o que vemos e ouvimos passa a ter outro sentido. O filme é “Diários de Motocicleta”, é um relato de uma viagem de Chê Guevara e seu amigo Alberto Granado.
Quando assisti a primeira vez percebi a delicadeza das cenas, o humor leve, as paisagens, enfim, vi o que era explicito. Mas nessa madrugada não! Vi o implícito, vi as mudanças que ocorreram na personalidade de Chê durante essa viagem, vi o revolucionário nascer ao ver a grandeza e a força do povo latino, dividido em diferentes línguas e países, massacrados pela imposição de outras culturas e nas diferenças sociais gritantes!
O sonho de Chê não era a mudança de uma cidade, de poucas pessoas, era uma visão diferente de sociedade! Ali, durante toda a viagem lapidou-se um homem que acreditou que podia ser a mudança. Faz muito tempo e muito mudou, mas os indígenas ainda vivem a margem, os países latinos continuam separados e vivendo a cultura imposta pelo regime político e econômico de outros países.
A grande questão é? O que Chê e toda a America Latina têm haver com o meu mundinho verde e insone. As ideias de Chê cutucaram um pensamento que teima em vir a tona o tempo todo. Uma conversa dessas que acontecem por acaso e perturbam o modo de ver a vida. A semanas em sala de aula questionava os alunos de uma turma do noturno, o “pouco caso” com os estudos, a “falta de vontade” em aprender e eles responderam que era cansaço! Cansaço de iniciar o trabalho às 5h da manhã para hora extra, para as quais são “convidados”. Cansaço de essas horas de juventude e sono perdido serem a troco de quase nada. Cansaço da falta de perspectiva. Cansaço por saber que na verdade eles não têm escolha, nunca tiveram. É um ciclo que dificilmente se rompe. O poder está nas mãos das mesmas pessoas a muito tempo e estas fingem ou até acreditam que são democráticas, garantem que o poder continue nessas mãos. Qualquer tentativa de romper o ciclo ou desenhar outra figura geométrica é podada, com muita eficiência.
Minhas costas doem sob o peso de saber tudo isso, de ver além, de observar a hipocrisia das pessoas que se corrompem por qualquer trocado e a ambição desmedida de quem caminha sobre a cabeça de muitos para subir e fazer parte do poder! Essas pessoas andam por ai sorridente, não ligam se enganaram ou exploraram outras pessoas, não ligam pra juventude cansada e perdida, afinal, seus filhos estarão no poder!
“Ser feliz é ignorar!


terça-feira, 9 de abril de 2013

Procura-se um pedaço...

De certa forma, não sei qual e também não lembra quando, por mais que teime com o pensamento a lembrança se esvai. Desistiu. Algo se quebrou, eu colado os cacos, ficou assim como um jarro antigo. Mas o pedaço que não encontrado, deixou um espaço grande, um caco de vazio, feio de ver!


Ainda há o sorriso fácil, o humor, uma tendência a esquecer do ruim... Alguns pedaços que ficaram ainda são bons. Mas ficou faltando à fé, a inabalável crença no humano, a mania de acreditar que todos são bons, esse pedaço se perdeu! Junto com esse caco de fé, a capacidade da alegria espontânea e a de chover as dores. As dores que ficam dentro desse vaso, dobram-se sobre si, não transbordam mais. Ainda saem pra espiar lá fora, durante noites insones sobre forma de farpas dolorosa e fiapos de ideias que teimam em transformar-se em palavras escritas.

Em alguns fios, traços e pedaços de vida, vê que a condição de acreditar no bom, no bem, no belo era meio boba, mas condicional para seguir feliz. Vê que de verdade, pouco existiu. O que existe e anda por ali é o julgamento do outro que vê o que quer não o que realmente é! Cada pedaço é indispensável, mesmo aquele que contém o pior defeito. Descolando o defeito com ele algo que faz o belo. É estranho observar, sem fé, a felicidade! É como ver um segredo que não é seu pelo buraco da fechadura.

domingo, 3 de março de 2013

Ouvir a Voz do Passado.

Há um tempo não saia de casa.

Nesse sábado assisti RPM, confesso que nunca foi uma banda que tenha circulado nas minhas listas. Mas a pouco vi um documentário sobre o início da banda o sucesso meteórico e mais que astros eu vi os músicos e a sua arte, e o significado de tudo para uma geração inteira.

Não posso negar que a direção do Ney Mato Grosso contribuiu muito para o esforço de enfrentar tanta gente junto. Valeu a pena! A noite estava perfeita um ar morno com cheiro de mar, noite sem estrelas, mas clara e convidativa. Uma lua tímida espiando por trás das nuvens.

Nada exagerado ou espetacular, bom som, boa iluminação, uma seleção de musicas atual, velhos sucessos e alguns sucessos de outras bandas tudo arranjado de forma confortável ao ouvido. A voz sensual de Paulo Ricardo ainda é uma marca além da batida que é própria da banda.

De tudo o que mais gostei foi de estar junto com meus filhos, genro e nora ouvindo músicas que eu nem lembrava, mas que embalaram faz muito tempo minha vida adolescente. Fechei os olhos muitas vezes e fui carregada aos anos 80 e toda a exuberância dessa década, cabelos e roupas exageradas e coloridas, uma invasão em massa de bandas de rock brasileiro. Foi estranho ouvir letras que pedem revolução social, protestos contra a política nacional... Isso fez parecer que algumas coisas não mudaram em nada.

Lembrar que vivi e sobrevivi à década de 80, que sou fruto das músicas, dos livros, filmes, poemas e de todas as conversas loucas com tantos amigos loucos, me fez feliz! A alvorada ainda é voraz, crimes e guerra ainda são comuns, pessoas ainda são torturadas, pessoas consideradas “importantes” ainda aplicam golpes... As revoluções ocorrem por minutos... Mas estamos vivos e quem sabe algo mude.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Eu?

O que me traduz?


Quem eu sou?

Do que gosto?

Não sei, nem eu sei. Sou assim uma alma mutante presa que mora em um corpo agitado, barulhento, de gestos exagerados, com cores exóticas. Mas, o que encanta corpo e alma é silêncio, abraço macio, cheiro de sol, risada boa, oi de amigo, quintal solarengo, dia morninho, sensação de bom e do bem.

Não quero isso eu sei que me dividam e criem personagens pra mim, que imaginem e me deem personalidade ou qualidades e defeitos que não são meus, que façam suposições a respeito das minhas opiniões e gosto. Que direito acham que tem? Se não sei é porque justamente não quero!

Incomoda-me e isso eu sinto é a imposição de presença, olhares julgadores, invasores, ladrões de pensamentos e ideias, narradores dos defeitos alheios. Posso ficar horas listando meus próprios defeitos e em um segundo é um desses defeitos que realmente me sustentam de pé. Poderia passar alguns minutos contando grandes qualidades que por existirem fazem com que me firam tão profundamente. Minhas dores estão mais ligadas às qualidades que aos meus defeitos.

A certeza que tenho é que não faz nenhuma diferença, pra ninguém, o que me passa todos os dias. Meu corpo é Jazz e minha alma Bossa Nova e a vida girando, musicando a minha melodia.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Ratos não tocam flauta.

Existe uma fábula em que um flautista encanta muitos ratos com sua musica e eles o seguem sem questionar seu destino encantados pela melodia. O poder é como a melodia que encanta os ratos. As pessoas que detêm o poder determinam os destinos de todos sem que nem mesmo questionem: pra onde?


Todos idolatram o detentor do poder como os ratos idolatram o flautista, e nessa metáfora de ratos e pessoas comuns, caso um rato saia do seu lugar, perca o passo, se distraia com algo pelo caminho é logo pisoteado ou fica para trás. Assim, acontece com as pessoas comuns, caso resolvam questionar o detentor do poder, mostrar sinal de descontentamento com o destino escolhido, não é bem visto. E ainda comentam: quem esse “rato” está pensando que é? Acha-se melhor que os outros?

Não lembro final da fábula. Mas sei bem como é a realidade. A flauta, nunca muda de mãos fica sempre em família. A melodia é sempre a mesma, tocada incansavelmente, sem ser percebida, flautista sempre serão flautistas e ratos devem permanecer ratos. O mais rato possível, seguidor da música. E os ratos a seguem com a mesma idolatria, não questionam, apenas seguem, ratos não admiram ratos e acreditam que ratos jamais deverão tocar flauta ou mudar a melodia. Os poucos que questionam, ficam pelo caminho.



domingo, 6 de janeiro de 2013

O corpo

Seus olhos eram tão profundos que era impossível definir a cor, neles só se via refletido a cor daquilo que neles se refletiam. Ela não falava, não porque não tivesse voz ou sentidos perfeito, estava perdida a sua voz entre seus devaneios. Viera para a aldeia com Francisco, pescador calado, rude nos modos, mas sensível a quem o observa. Contava ele que a havia encontrado no continente quando fora comprar mantimentos, que estava lá, perdida entre feirantes, mantimentos e seus próprios pensamentos. Desde então, vivia com ele, cuidava da casa e andava pela praia, catando conchas e madeira trazidas pela maré durante a noite. Com certeza ela não podia ser definida como bela, alguma coisa nela, seu andar ou a harmonia de tudo nela era atraente de uma forma sútil. Chamavam-na de Arila, porque Francisco assim a chamava e ela atendia sorrindo, como se concordasse em ser.
Costumava ficar horas sentada de frente ao mar, ou deitada na areia com a brisa do mar batendo em seu rosto o sol se espalhando em seu corpo. Ali as suaves mãos lhe acariciava o rosto, erguia o vestido, acariciava lhe o corpo e aquecia suas pernas. Eles se amaram ali, na areia, simplesmente, quase primitivo eram seus desejos. Banhava-se no mar e voltava pra casa. Francico chegaria logo.
As flores do vestido espalhavam-se pelos canteiros e em cestos pela varanda. Seu cheiro se confundia com o cheiro do mar. Francisco era feliz.
Muitos por e nascer do sol. Tarde morna e ela deita-se na areia seus cabelos espalham-se ao vento e a saia do vestido brinca com o vento. Uma sensação morna a embriaga e novamente aquele corpo jovem deita sobre o seu. Amam-se lentamente dessa vez. Ela pode sentir o roçar da barba,o corpo jovem, as mãos fortes em sua nuca, as pernas fortes que prendem as suas e o calor que se espalha por todo o corpo. A voz calada se solta em gemidos baixos e suaves. Ao abrir os olhos estes refletem os de Francisco que a olham como se fosse a primeira vez. Atordoada  segue, então, pela praia de mãos dadas com Francisco em silêncio.
Cedo os pescadores os chamam até a praia, tem um corpo, na areia. É um homem jovem, tem um rosto bonito sereno, a boca é levemente curvada, sob a barba. Seus olhos levemente abertos, como se estivesse acabado de acordar, eram escuros e profundos. Não apresentava nenhum ferimento. Sua mão estava fechada. Ao abrirem cai dela uma concha. Francisco com olhos atormentados, que só Arila em seu silêncio triste vê, pega para si a concha e põe distraidamente no ouvido. Não não ouve o som do mar, nela podem-se ouvir gemidos baixos e suaves.






sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

A busca

O mar inspira a leitura. O barulho das ondas, o cheiro de sal, a claridade e uma sensação de solidão, não a solidão sufocante e triste, mas, aquela reconfortante onde você pode finalmente olhar pra dentro de si.


A leitura a som do mar é sempre intensa. Como todo compulsivo, leio vorazmente, ou seja, devoro o livro e mergulho profundamente nas linhas e palavras, nos personagens e seus sentimentos. Tanto e de tal forma que um vazio imenso me invade ao acabar a leitura, é como se aquela vida, aquele mundo esteja sendo tomado de mim de alguma forma.

Resolvi ler um romance, nada de filosofia ou literaturas recomendáveis, um romance, simples daqueles com muitas páginas e personagens que não tem problemas como trabalhar, pagar contas ou qualquer outro problema de ordem prática. Têm sim dramas pessoais, sentimentais e vivem durante todas as páginas a busca por um final feliz.

Essa ultima leitura me fez refletir sobre meus “dramas” pessoais. Sobre os rumos que a vida leva dependendo às vezes de um simples ato. E de como as nossas decisões mudam nossos rumos e podem traçar o rumo da vida de outras pessoas. Ou mesmo sobre impressão de que às vezes lhe é vetado o direito a decisão que de alguma forma, a vida lhe carrega como uma enxurrada. E você vai! Porque não tem opção! Ou segue ou se “afoga”.

O romance não teve um final feliz, não teve um final, ficou em aberto, livre para que a imaginação se encarregasse de continuar dali a vida de cada personagem. Assim me sinto em relação à vida de vez em quando, está em aberto e amanhã alguém pode traçar mais uma linha da minha vida sem que eu saiba ou possa interferir. E de verdade, não posso escolher os rumos que quero, pelo menos não, sem mudar os rumos de muitas outras vidas que se entrelaçam com a minha.

A vida real nunca tem finais felizes, só há um tipo de final. E nunca é feliz! E nossos dramas são infinitos até que a morte nos leve. Aliás, viver é um drama por si só! Mas seja qual for o rumo que se tome, há tréguas e momentos felizes. O que faz com que valha a pena.