Pages

domingo, 10 de julho de 2011

Agora sou "Anarquista"

Anarquia, esse foi o primeiro termo coerente que o governador do estado usou. Concordo plenamente, estamos vivendo uma anarquia. Anarquismo (do gregoἀναρχος) anarkhos, significa "sem governantes", sem soberania, reino, magistratura. É uma filosofia política que engloba teorias, métodos e ações que objetivam a eliminação total de todas as formas de governo compulsório. De um modo geral, anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica que não seja livremente aceita e, assim, preconizam os tipos de organizações libertárias.
Estamos realmente sem governo, já que este não decide nada, não cumpre as leis e não reconhece a autoridade do poder Judiciário. Pode-se observar em nosso governador o não reconhecimento de hierárquias quando seu próprio secretário da educação não tem conhecimentos dos rumos dados a educação. Quando descumpre uma ordem de um juiz e do supremo.
Nós professores somos anarquistas? Na concepção errônea de governador do que é anarquia, sim. Ficou claro que para ele anarquista é aquele que não cumpre as regras definidas por ele. E que ele é soberano a todas as regras vigentes. Então, somos “Anarquistas Graças a Deus”, e estamos formando uma organização libertária. Essa greve nos liberta de uma vez por todas de todos os desmandos desse “governo desgovernado”.
No que se refere a não reconhecer o governador como uma autoridade, estamos por um fio de não o reconhecer, é dificil reconher como autoridade quem manipula a opinião pública com declarações que não refletem a verdade. Quem tenta fazer valer sua vontade atravéz de ameaças e ordens descabidas. Alguem que tenta enrolar toda uma classe com promessas e suprime seus direitos descaradamente. Impossível reconhecer como autoridade quem submete crianças e adolescentes a uma simples moeda de troca, usados para “amolecer” a vontade dos professores.
A cada leitura das “vantagens” alcançadas com a greve, percebo que perdi alguma coisa, minha profissão nem mais me pertence, já que não tenho mais uma carreira, a folha de pagamento é uma incógnita e passou a ser uma arma usada para me impedir de pensar, acabar de vez com a minha cidadania, liberdade de lutar por justiça. Ainda me pertenço? Enquanto resisto na greve, penso que sim! Caso volte, creio que ai estarei lá nas senzalas do governador.
Meu grito: “Onde está a minha carta de Alforria?”
.

Um comentário: