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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Sem riso.

A ilha verde encontra-se meio vazia,
E a casa amarela um tanto silenciosa, falta à música flutuante dos discos de vinil.
Eu também sinto um certo vazio e um excesso de liberdade... Posso ficar sem comer, posso ficar acordada a noite toda, tomar vários banhos, me trancar no quarto o dia todo (quando estou de folga), andar de pijama por ai... Enfim, dona de mim mesmo!
Ainda estou triste, minha está alma doente e isso se confunde com a sua ausência. Falta-me vontade de tudo até mesmo de chorar. Gostaria de chorar! Tudo e tanto, que tudo que tem de ruim fosse levado em uma enxurrada de lágrimas.
Minha solidão é acompanhada e assistida, com todos os paparicos que nem mereço. Fico por aqui em meios as rizadas da Sara e da Mel. Todos agora têm mania de me fazer comer, panquecas, sucos, chocolates, lanches o tempo inteiro. Toda essa atenção me faz bem!
Trabalhar tem sido difícil, é uma guerra comigo mesmo levantar e ir para escola exibindo um falso sorriso, uma alegria inexistente e uma vivacidade há muito meio morta. Tenho conseguido, penso que até convenço! As pessoas se percebem, não comentam.
Espero estar melhor quando você voltar. Quero te receber com as risadas de sempre! Não aguento mais ver olheiras no meu rosto, nem essa cara tão sem riso que nem é minha. Enquanto você não vem aproveito para descumprir regras, cometer excessos e exercer toda a liberdade anárquica que me faz guardar.
Mas quer saber? Sinto falta do seu mau humor, da sua proteção exagerada e da sua mania de me controlar! Minha escova de dentes sente muito falta da sua!

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