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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Indefinição

Logo a mim que tenho como profissão definir, coube esse sentimento.
Uma interrogação infinita, um etc no inicio da linha da vida. Tiraram-me o chão e eu que sou um ser de terra, estou a flutuar entre o sim e o não, entre indignação e medo, entre presente e futuro. De repente me sinto assim, um não sei, um talvez, um sei lá! É uma agonia esse não saber, não ser...
E como se descreve um ponto de interrogação bem no meio da alma?
É como visualizar um vazio, o oco do nada, você olha e tem um espaço lá. É isso tem um buraco negro bem ali no meio do meu eu e vai engolindo tudo que tem em volta, formando um vazio.
Do ponto de vista matemático, um buraco negro é um beco sem saída, uma indeterminação. É um ponto ínfimo com massa descomunal que engole o que está a uma determinada distância e “entorta” o espaço-tempo ao seu redor. Enfim, é uma indeterminação.
Esse é o meu sentimento, EU, engoli um buraco negro!
Agora ando por ai, sem definição, sem tempo, sem resposta!
Me sentindo assim, indefinida.

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