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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Tristesse.

Quero escrever sobre a tristeza. Estive pensando ela é um vício!
É tão intensa! Trás uma mistura tão grande de sensações, envolvente como uma bruma. Num instante e está tomado por ela, envolvido, rendido, dominado. E vem tão fácil! Qualquer gesto, palavra, lembrança vem com ela de braços dados. É como uma mão aveludada, acariciando vagarosamente e se infiltrando, até que você a sente. Está ali. Você não está mais só! Tem a certeza de sua presença por que sua alma dói! Não é uma dor dilacerante, é uma dor etérea. Vai te roubando o sorriso, a graça, a vontade, passa da sua alma para o seu corpo. Como um hóspede, se instala e ocupa os melhores espaços, sua cabeça, seu coração. Às vezes aperta sua garganta pra que você lembre que não está só e tem que dar-lhe atenção,é a sua hóspede, a tristeza!
Um dia, excede tanto no seu domínio sobre seu corpo e sua alma, exagera nos apertos e nos nós que faz em sua garganta, causa uma tempestade! Assim você chove. Ela escorre pelo seu rosto e vai embora. Por algum tempo. Até que você se distraia, então ela volta. Quando você percebe, acostumou-se com a sua presença, porque vem fácil! Não é como a felicidade, que está sim, nas coisas mais pequenas e simples. Mas que, só os mais treinados conseguem ver e te escapa tão facilmente! Tão difícil retê-la, fica com você somente por instantes e quando se vai fica um grande vazio, mais um espaço que pode ser ocupado pela tristeza!

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