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domingo, 19 de junho de 2011

Inocência

Ao passar do tempo...
Perdi-me, sinto hoje tanta saudade de mim, saudade da liberdade de correr ao sol, de viver intensamente a minha imaginação, sem perceber o mundo, não da forma como mundo é. Mas de acreditar. É isso, acreditar que o mundo é mágico, todas as pessoas são boas e a morte não existe, é algo tão distante da qual só se ouve falar.
Descobri durante o tempo em que fui me perdendo, crescer dói! E a magia vai se perdendo aos poucos e é substituída por uma pressa que vem como uma onda e você vai com ela, assim, rolando e fazendo escolhas. E a morte agora existe para as pessoas que estão próximas de você.
E quando essa onda passa e a pressa acaba é substituída por uma percepção real do mundo, pelo preço pago pelas escolhas e pela certeza de que poucas pessoas realmente são boas. A morte é real agora, para você e para os que você ama. Deve ser o que se chama maturidade.
Não sei. Não sei se isso realmente é bom! Gosto de não ter pressa. Mas gostaria de ter minha inocência de volta, queria acreditar mais. ceticismo não cai bem em mim, é como vestir uma roupa dois números menor. Aperta-me, não me permite sonhar, afinal, para os céticos, os sonhos são irrealizáveis.
Não me importo de perceber o mundo como ele realmente é, mas gostaria de acreditar que tem solução! Não me importo de perceber que as pessoas são imperfeitas, mas gostaria de acreditar que nas suas imperfeições há humanidade. Não me importo de me perceber mortal, mas não gosto de perder quem amo. E, de todas as minhas partes que perdi no caminho, queria de volta a inocência! Queria voltar a conversar com Deus e realmente crer que as soluções virão! Não aguento mais essa “roupa apertada” do ceticismo e o sentimento tão real da minha Frágil humanidade!
O

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